Santa Clara

Covid Longa

E quando a doença persiste?

Muitas pessoas que foram diagnosticadas com Covid-19 nos últimos anos relatam que alguns sintomas persistem após a infecção aguda. E esse número, chega a ser surpreendente, dado que mais de 50% das pessoas que apresentaram a doença relatam sintomas pós-covid, que pode persistir por semanas ou meses.

Este fenômeno caracteriza a Covid longa

O termo, cunhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), se refere a presença de sintomas que se iniciam após a doença e persistem por mais de um ano.

Em um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais (Fiocruz Minas), os pesquisadores identificaram 23 sintomas que fazem parte deste quadro. Sendo as principais queixas relacionadas à fadiga, tosse persistente, dificuldade para respirar, perda do olfato e paladar e dores de cabeça frequentes.

Neste mesmo estudo, os pesquisadores demonstraram que pessoas que algumas comorbidades contribuíram para o desenvolvimento da forma da doença e, eventual risco de sequelas. Entre estas comorbidades, destacam-se a hipertensão arterial, o diabetes, câncer, doenças renais crônicas e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Compreender os sintomas da covid longa é essencial, dado que esta condição está afetando inclusive pessoas que não desenvolveram sintomas na fase aguda da Covid.

A importância da vacina para a redução dos sintomas da covid longa

Um estudo realizado no Reino Unido demonstrou que a administração de uma única dose da vacina já foi suficiente para diminuir cerca de 12% a incidência de covid longa, principalmente em sintomas relacionados à perda de olfato e paladar e insônia. Já a segunda dose da vacina contribuiu para a diminuição dos relatos de fadiga e dores de cabeça.

Apesar de várias limitações, este estudo reforça a importância das campanhas de vacinação contra a covid-19 como forma de minimizar as complicações associadas à doença.

Covid longa em crianças e adolescentes

Embora o número de crianças diagnosticadas com Covid-19 seja menor do que os adultos e os seus sintomas sejam mais leves na fase aguda da doença, as complicações associadas à infecção é caracterizada principalmente por febre e inflamação sistêmica.

Estas respostas se manifestam principalmente como sintomas gastrointestinais, cardiovasculares (miocardite, dilatação da artéria coronária ou aneurisma), respiratórios, cutâneos e neurológicos.

No entanto, o impacto da Covid-19 em crianças vai além dos sintomas pós-covid. É importante observarmos que o contexto da pandemia, por si só foi suficiente para impactar o desenvolvimento dessas crianças.

Os medos, até então imaginários e típicos de filmes de terror, tornaram-se reais. Elas trocaram o bicho-papão pela insegurança, o medo da doença e de perder os pais ou outras pessoas queridas.

Além disso, todo o contexto social necessário para o seu desenvolvimento foi retirado de uma hora para outra pelo isolamento, o que pode contribuir para o aumento do estresse e da ansiedade nessas crianças conforme as atividades voltam ao seu “normal”.

E, entender esse contexto, vai além do desenvolvimento das crianças. É necessário avaliar o impacto da pandemia da covid-19 na saúde e bem-estar de toda a sociedade.

Nós, do Santa Clara Diagnósticos Médicos, assumimos o compromisso de cuidar de você e de quem você ama. Por isso, temos uma equipe preparada para lhe atender com todo cuidado e atenção que você e a sua saúde merecem!

Referências:

Ayoubkhani D et al (2022). Trajectory of olong covid symptomes after covid-19 vaccination: community based cohort study. BMJ.

Desai A. D, Lavelle M, Boursiquot B. C, Wan E. Y (2021). Long-term complications of COVID-19. American Journal of Physiology Cell Physiology.

Higgins V, Sohaei D, Diamandis E. P, Prassas I (2020). Covid-19: from an acute to chronic disease? Potential long-term health consequences. Critical Reviews in Clinical Laboratory Sciences.

Lopez-Leon S et al (2022). Long-COVID in children and adolescents: a systematic review and meta-analyses. Scientific Reports.

Miranda D. A. P et al (2022). Long COVID-19 syndrome: a 14-months longitudinal study during the two first epidemic peaks in Southeast Brazil. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene.