Cerca de 30% dos tumores que atingem as mulheres ocorrem nas mamas. E, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 60 mil novos casos são diagnosticados a cada ano, o que reforça a importância de campanhas como o outubro rosa, que buscam destacar a importância da prevenção e diagnóstico precoce deste tipo de tumor.
O câncer de mama, assim como outros tumores, se caracteriza pela proliferação descontrolada das células que compõem a mama e podem se espalhar para outras regiões do corpo (metástase) conforme a doença evolui. Os tumores mamários podem surgir no tecido conjuntivo das mamas, nos lóbulos (onde estão localizadas as glândulas produtoras de leite) ou nos ductos que levam o leite até os mamilos. No entanto, a maioria dos tumores mamários têm origem nestas últimas regiões.
Como é feito o seu diagnóstico?
O autoexame de toque, que deve fazer parte da rotina das mulheres, permite identificar alterações na estrutura das mamas, como a presença de caroços fixos e indolores (nódulos) nesta região, nas axilas ou no pescoço. Alterações na textura ou na coloração das mamas também podem ser indicativos da doença, assim como a liberação espontânea de líquido pelos mamilos.
Na presença destes sintomas, é necessário consultar um especialista para que exames complementares, como a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética possam ser realizados.
A análise de mutações gênicas (BRCA1, BRCA2, dentre outras) também permite identificar a predisposição à doença. No entanto, a biópsia líquida e a análise histopatológica do tecido afetado são fundamentais para a confirmação do diagnóstico.
Que fatores de risco contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama?
São vários os fatores que contribuem para o seu desenvolvimento. No entanto, um dos principais é a idade, dado que mulheres acima de 50 anos parecem ser mais susceptíveis ao desenvolvimento da doença.
Fatores genéticos, como o histórico familiar do câncer de mama, de ovário e outros tipos da doença, ou alterações gênicas específicas também aumentam a susceptibilidade de desenvolver a doença.
Além disso, fatores relacionados ao estilo de vida da mulher e hormonais também contribuem com o desenvolvimento do câncer de mama. Hábitos como tabagismo, consumo de bebidas alcóolicas, sedentarismo e obesidade aumentam a susceptibilidade à doença. Alguns estudos também relacionam o maior risco de desenvolver câncer de mama ocorrência precoce da menarca (primeira menstruação) e entrada tardia na menopausa.
E, embora ainda não esteja clara a relação entre o câncer de mama e o uso de anticoncepcionais, alguns estudos sugerem que o uso destas pílulas pode contribuir para o desenvolvimento da doença No entanto, ainda é necessário esclarecer esta relação.
Como é feito o tratamento do câncer de mama?
Assim como os demais tipos de câncer, é preciso levar em consideração o estágio em que o câncer de mama é descoberto e o tipo de tumor. Além disto, condições de saúde do paciente, como idade e a presença de comorbidades também devem ser levadas em consideração. Entre as estratégias de tratamento mais utilizadas estão a quimioterapia, a radioterapia, hormonioterapia, terapia biológica e intervenções cirúrgicas.
É possível prevenir o câncer de mama?
O diagnóstico precoce é essencial para o potencial de cura do tratamento que for escolhido. Contudo, quando o câncer é diagnosticado em estágios avançados ou após metástase, o tratamento poderá aumentar a sobrevida do paciente.
Além do autoexame de toque, que deve fazer parte da rotina das mulheres, manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e consultar seu médico de confiança periodicamente também auxiliam na prevenção da doença.
Por isso, não deixe de realizar o autoexame e, ao perceber qualquer sinal suspeito busque orientação médica.
Nós, do Santa Clara Diagnósticos Médicos, assumimos o compromisso de cuidar de você e de quem você ama. Por isso, temos uma equipe preparada para lhe atender com todo cuidado e atenção que você e a sua saúde merecem!
Referências científicas:
Harbeck N, Penault-Llorca F, Cortes J, Gnant M, Houssami N, Poortmans P, Ruddy K, Tsang J, Cardoso F. Breast cancer. Nat Rev Dis Primers. 2019 Sep 23;5(1):66. doi: 10.1038/s41572-019-0111-2.
Instituto Nacional do Câncer (INCA). Câncer de mama. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/mama. Acesso em: 10 de out. 2022.