O verão está chegando e nos convida para apreciar o calor na praia ou na piscina. Mas, muitas vezes, não nos atentamos ao fato de que permanecemos mais tempo expostos ao sol.
Acontece que esse comportamento é um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer de pele. Essa doença representa 30% de todos os tumores que acometem os brasileiros, sendo que apenas 3% dos casos são considerados graves segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar de sua alta prevalência, o prognóstico da doença geralmente é bom quando o tumor é diagnosticado em seus estágios iniciais.
Como surge o câncer de pele?
O câncer de pele se caracteriza pela multiplicação rápida e desordenada das células cutâneas e é classificado de acordo com o tipo de células afetadas.
Tumores de pele do tipo não melanoma ocorrem em áreas do corpo que estão mais expostas ao sol, como rosto e pescoço, e se apresentam como manchas que podem coçar, arder, descamar ou sangrar e feridas que levam até um mês para se cicatrizarem.
Já o melanoma se manifesta como manchas, pintas ou sinais que podem crescer de maneira assimétrica, apresentar bordas irregulares e ter sua coloração alterada. Esse tipo de câncer se origina nos melanócitos, células que são responsáveis pela produção da melanina, uma substância que dá cor à nossa pele.
Enquanto o câncer de pele do tipo não melanoma é mais frequente e tem maior potencial de cura, o melanoma é considerado mais graves devido ao seu potencial de sofrer metástase.
Que fatores contribuem para o desenvolvimento dessa doença?
A exposição ao sol é o principal fator associado ao desenvolvimento deste tipo de câncer. Isso acontece porque a luz solar é composta por raios ultravioletas (UVs) que podem causar danos no DNA das células da pele quando nos expomos aos raios solares por um tempo prolongado e sem proteção.
No entanto, histórico familiar da doença, fatores genéticos, peles e olhos claros também são considerados fatores de risco. Pessoas que possuem o sistema imune debilitado ou que se expõem a câmaras de bronzeamento artificial também são mais susceptíveis à doença.
Como diagnosticar o câncer de pele?
Apesar da alta incidência do câncer de pele na população brasileira, o prognóstico da doença costuma ser positivo quando diagnosticado em seus estágios iniciais.
O diagnóstico deste tipo de tumor é realizado a partir de exames clínicos que permitem visualizar as camadas da pele que não são visíveis a olho nu (dermatoscopia). Porém, o médico também pode solicitar exames histopatológicos ou radiológicos quando o paciente apresenta sinais e sintomas característicos da doença ou faz parte dos grupos de risco. Em alguns casos, a biópsia do tecido afetado também pode ser necessária.
Por isso, ao identificar qualquer alteração em sua pele, é fundamental consultar um especialista e investigar a sua causa.
Como é feita a prevenção do câncer de pele?
Não se expor ao sol nos horários em que os raios ultravioletas são mais intensos (das 10 às 16 horas) é uma das medidas preventivas. Quando isso não for possível, é recomendado utilizar roupas, chapéus, óculos escuros e outros acessórios que reduzam a exposição ao sol.
Também não podemos nos esquecer de aplicar protetor solar com fator de proteção mínimo de 30 (FPS30) diariamente mesmo em dias nublados. O filtro solar deve ser reaplicado a cada 3 horas ou menos, a depender do seu nível de transpiração.
Vale ressaltar que os estudos científicos têm demonstrado que o uso de protetor solar não compromete a absorção de vitamina D ou modifica a densidade óssea. Estes achados são importantes, uma vez que a síntese dessa vitamina é ativada pelos raios ultravioletas (UVB) que estão presentes na luz solar e que sua deficiência está relacionada à maior ocorrência de osteoporose e fraturas.
Use filtro solar e aproveite o verão com sua família e seus amigos sem descuidar da saúde da sua pele.
Nós, do Santa Clara Diagnósticos Médicos, assumimos o compromisso de cuidar de você e de quem você ama. Por isso, temos uma equipe preparada para lhe atender com todo cuidado e atenção que você e a sua saúde merecem!
Referências científicas:
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