Santa Clara

Hipertensão Arterial: o que é, causas e sintomas

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma doença cardiovascular crônica caracterizada por níveis elevados e persistentes da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais esforço do que o normal para bombear o sangue para o corpo. Ao longo do tempo, esse esforço pode provocar sérias complicações no organismo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de adultos entre 30 e 79 anos convivem com a hipertensão no mundo, e quase metade não sabe que tem a doença. No Brasil, os números também são preocupantes: 388 pessoas morrem, diariamente, devido às complicações da hipertensão arterial. Além disso, 37% desses óbitos ocorrem em pessoas com menos de 70 anos.

O que é a hipertensão arterial?

A pressão arterial é a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias enquanto circula pelo corpo. Em um organismo saudável, essa pressão é essencial para que oxigênio e nutrientes cheguem a todos os órgãos. No entanto, quando elevada, pode gerar complicações no corpo.

Os valores considerados ideais para a pressão arterial são 120 mmHg para a pressão sistólica – conhecida como “máxima” – e 80 mmHg para a diastólica – “mínima”. Quando a pressão ultrapassa 140 mmHg de sistólica e 90 mmHg de diastólica (ou seja, 14 por 9), já se considera um quadro de hipertensão arterial.

A hipertensão pode ser classificada em dois tipos. A hipertensão primária é a mais comum e não tem uma causa específica, sendo resultado da combinação de fatores genéticos e ambientais. Já a hipertensão secundária é consequência de outras doenças ou condições, como problemas renais, distúrbios hormonais e uso prolongado de certos medicamentos.

Quais as causas da hipertensão arterial?

A hipertensão arterial é uma doença multifatorial, ou seja, que pode ser provocada por diversos fatores. Entre os principais estão a hereditariedade, idade avançada e o endurecimento natural das artérias com o passar dos anos.

Além disso, fatores comportamentais também têm papel importante, como obesidade, sedentarismo, alimentação rica em sal e gorduras, consumo excessivo de álcool, tabagismo, distúrbios do sono e estresse crônico. Essas condições podem se associar aos fatores genéticos e aumentar o risco de desenvolver a doença.

Quais os sintomas da hipertensão arterial?

A maioria das pessoas com hipertensão não apresenta sintomas nas fases iniciais da doença, o que faz com que ela seja considerada uma condição silenciosa. Por isso, o diagnóstico costuma ser feito apenas quando surgem sintomas preocupantes ou quando o paciente realiza exames de rotina.

Em alguns casos, quando a pressão se eleva muito, a pessoa pode apresentar sintomas como:

  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Falta de ar;
  • Náusea,
  • Zumbido nos ouvidos, 
  • Visão turva, 
  • Ansiedade 
  • Batimentos cardíacos irregulares.

Em estágios mais graves, a pressão pode provocar crises hipertensivas, com sintomas como dores no peito, zumbido nos ouvidos e, em casos extremos, até perda de consciência.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por meio da avaliação clínica e da medição da pressão arterial. O médico analisa também o histórico familiar, os hábitos de vida do paciente e possíveis sintomas associados.

Como os níveis de pressão podem variar ao longo do dia, o profissional pode solicitar a realização de exames complementares, como a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), que registra os valores de pressão durante 24 horas. Esse exame permite identificar com maior precisão se a pressão está constantemente elevada ou se há apenas picos eventuais.

Outros exames laboratoriais, como glicemia, creatinina, colesterol, sódio, potássio e urina, além do eletrocardiograma, podem ser solicitados para avaliar possíveis danos causados pela pressão alta e orientar o tratamento.

Quais as consequências da hipertensão não tratada?

Quando não controlada pode trazer consequências graves para diversos órgãos. O coração é um dos principais afetados, podendo desenvolver insuficiência cardíaca ou sofrer infarto.

O cérebro também corre riscos, já que a pressão alta aumenta a chance de ocorrer um AVC, com possibilidade de sequelas neurológicas graves ou até morte. Os rins, por sua vez, podem sofrer lesões que comprometem a capacidade de filtrar o sangue, levando à insuficiência renal crônica. A visão pode ser prejudicada por danos nos vasos da retina. Por isso, é fundamental reforçar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento contínuo.

Quais as consequências da hipertensão não tratada?

A melhor forma de prevenir a hipertensão é adotar hábitos saudáveis. Alimentar-se de forma equilibrada, com frutas, verduras, legumes e alimentos com pouco sal, praticar atividades físicas com frequência, dormir bem, controlar o estresse, não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool são atitudes que contribuem diretamente para manter a pressão sob controle.

Além disso, é importante realizar exames periódicos e medir a pressão regularmente, especialmente para quem possui histórico familiar de hipertensão ou outros fatores de risco.

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Referências:

Ministério da Saúde. Hipertensão. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hipertensao  Acesso em: 11/04/2023

Oparil S, Acelajado MC, Bakris GL, Berlowitz DR, Cífková R, Dominiczak AF, Grassi G, Jordan J, Poulter NR, Rodgers A, Whelton PK. Hypertension. Nat Rev Dis Primers. 2018 Mar 22;4:18014. doi: 10.1038/nrdp.2018.14

SBH. Novas diretrizes brasileiras de hipertensão arterial 2020. Disponível em: https://www.sbh.org.br/arquivos/novas-diretrizes-brasileiras-de-hipertensao-arterial-2020/  (2020)WHO. Hypertension. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/hypertension  (2023)