As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ainda são envoltas por estigma, preconceito e desinformação. Muita gente evita falar sobre o assunto — ou sequer procura um serviço de saúde — por medo de julgamento ou por não apresentar sintomas aparentes. No entanto, conhecer essas infecções e fazer exames regularmente são atitudes de cuidado com a própria saúde e com a saúde de quem está ao seu redor.
As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou parasitas e, como o próprio nome diz, são transmitidas principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 4,5% nos casos de HIV no Brasil apenas entre 2022 e 2023. Esse cenário reforça a importância do diagnóstico precoce, que só é possível por meio de exames laboratoriais.
Neste conteúdo, vamos explicar como ocorrem as transmissões, os principais tipos de ISTs, como o preconceito atrasa o diagnóstico e quais são os testes disponíveis no Laboratório Santa Clara para detectar essas infecções com precisão e agilidade.
Como as ISTs são transmitidas?
A principal forma de transmissão das ISTs é por contato sexual desprotegido, seja vaginal, anal ou oral. Mas não é a única, também é possível contrair uma IST por meio do compartilhamento de seringas contaminadas, transfusões de sangue, e da mãe para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação.
Entre as ISTs mais comuns estão:
- HIV
- Sífilis
- Gonorreia
- Clamídia
- Herpes genital
- HPV
- Tricomoníase
- Hepatites B e C
Os sintomas variam bastante. Podem incluir corrimentos, verrugas, feridas genitais, coceira, dor ao urinar, dor pélvica, e até aumento de ínguas, que são inchaços dos gânglios linfáticos. Porém, um dado preocupante é que muitas dessas infecções são assintomáticas, ou apresentam sintomas leves que passam despercebidos. É aí que mora o perigo: sem saber que está infectada, a pessoa pode transmitir a infecção e desenvolver complicações mais graves com o tempo.
O caso do HIV: prevenção, impacto e diagnóstico
Dentre todas as ISTs, o HIV se destaca pelo impacto na saúde pública. O vírus ataca o sistema imunológico e, se não for tratado, pode evoluir para a aids — condição que compromete gravemente as defesas do organismo, abrindo caminho para infecções oportunistas e certos tipos de câncer.
A boa notícia é que hoje existem exames laboratoriais extremamente sensíveis e precisos para detectar o HIV em suas fases iniciais, além de tratamentos eficazes que permitem uma vida longa e saudável para quem vive com o vírus. Isso reforça a importância do diagnóstico precoce: quanto antes se descobre, maiores as chances de manter a qualidade de vida e interromper a cadeia de transmissão.
O peso do preconceito e os grupos mais afetados
O preconceito em torno das ISTs é um dos maiores obstáculos para o diagnóstico e o tratamento. Muitas pessoas evitam fazer exames por medo do que os outros vão pensar, ou mesmo por vergonha de conversar sobre o assunto com profissionais de saúde. Essa barreira afasta justamente quem mais precisa de atenção.
De acordo com estudos recentes, os grupos com maior vulnerabilidade às ISTs incluem:
- Jovens entre 15 e 24 anos;
- Pessoas negras e indígenas;
- Homens que fazem sexo com homens;
- Mulheres trans;
- Profissionais do sexo.
A combinação entre falta de informação, preconceito e acesso limitado à saúde faz com que esses grupos enfrentem mais dificuldades para realizar exames e obter tratamento adequado.
Por que o diagnóstico laboratorial é tão importante?
Muitas ISTs não apresentam sintomas, mas continuam sendo transmissíveis e podem evoluir para quadros graves. Por isso, o diagnóstico laboratorial é a ferramenta mais eficaz para identificar precocemente a infecção e iniciar o tratamento correto.
O Laboratório Santa Clara Diagnósticos Médicos oferece uma série de testes laboratoriais que permitem o diagnóstico preciso das principais ISTs. Entre eles:
- HIV (1 e 2) – por sorologia ou teste rápido.
- Sífilis – testes como VDRL e FTA-Abs.
- Hepatites B e C – por sorologia (detecção de antígenos e anticorpos).
- Clamídia e Gonorreia – através de exames de biologia molecular (PCR), com alta sensibilidade.
- Herpes – diagnóstico por PCR ou cultura viral.
- HPV – exame molecular que detecta a presença do vírus e identifica os tipos de alto risco.
- Tricomoníase – detectada por exame parasitológico.
Esses exames podem ser feitos mesmo quando não há sintomas aparentes, o que é ideal para quem deseja manter uma rotina de prevenção ativa.
Além disso, muitos testes estão disponíveis na forma de painéis moleculares, que permitem detectar várias ISTs em uma única amostra, otimizando o tempo e aumentando a chance de um diagnóstico completo.
Faça seus exames regularmente. Não espere por sintomas. Não espere pela dúvida. Fazer exames para ISTs é uma atitude de cuidado, responsabilidade e saúde. No Santa Clara, você encontra uma equipe preparada para te acolher, orientar e oferecer o melhor diagnóstico.
Referências:
Ministério da Saúde. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Última visita em:
Ministério da Saúde. HIV/Aids. Última visita em:
Agência Brasil. Discriminação atinge 52,9% das pessoas com HIV/aids, mostra pesquisa. 2025
Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Saúde divulga dados epidemiológicos sobre HIV e aids no Brasil. 2024
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