A próstata é uma pequena glândula em forma de maçã que faz parte do sistema reprodutor masculino e se localiza na região baixa do abdômen. Esta glândula é responsável pela produção da secreção prostática, que compõe o sêmen e é importante para proteger e nutrir os espermatozoides que serão liberados durante o sexo.
Com o envelhecimento, o tamanho desta glândula pode aumentar o que impacta na qualidade de vida do homem. E uma doença muito comum que afetar esta glândula é o câncer. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) sugerem que mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata são diagnosticados a cada ano, o que representa cerca de 30% de todos os tumores que afligem o sexo masculino.
Mas o que é o câncer de próstata e quais são os seus sintomas?
Assim como os outros tipos de tumores, no câncer de próstata ocorre a proliferação desordenada das células que compõem esta glândula, levando ao aumento de seu tamanho e perda de função.
Na maioria das vezes, os tumores de próstata crescem lenta e silenciosamente (na ausência de sintomas), o que contribui para o diagnóstico tardio da doença, podendo se espalhar para outras regiões (metástase) e causar outras complicações. Porém, quando presentes, os sintomas podem ser inespecíficos e confundidos com outras patologias. Por isso, na presença de dificuldade ao urinar, sangue na urina ou se perceber diminuição do jato de urina e aumento da frequência de micção, procure um especialista.
Quais são as causas deste tipo de câncer?
O câncer de próstata pode ser considerado uma doença multifatorial, no entanto, suas causas ainda não foram esclarecidas pela ciência. Mas um dos principais fatores que parecem contribuir para o desenvolvimento da doença é a idade, dado que aproximadamente 75% dos casos são diagnosticados em homens acima de 65 anos.
Outro fator importante é a genética, dado que algumas mutações podem ser transferidas entre as gerações familiares. Diante disso, a presença da doença na família também pode ser um sinal de alerta principalmente em graus de parentesco mais próximos como pais, filhos e irmãos.
Fatores relacionados ao estilo de vida (obesidade, tabagismo e sedentarismo, por exemplo) também parecem contribuir para o maior risco de desenvolvimento do câncer de próstata. Porém, mais estudos são necessários para compreender a relação entre esses hábitos o desenvolvimento da doença.
Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata?
Os exames de toque retal e PSA (antígeno prostático específico) são as principais formas de diagnosticar a doença e fazem parte dos exames preventivos que auxiliam na sua detecção.
Ao realizar o exame de toque retal, o médico consegue identificar, com o auxílio dos dedos, alterações na estrutura da próstata como em sua forma, tamanho ou espessura. Já o exame de PSA quantifica a presença desta proteína produzida pela próstata no sangue e, cujos níveis elevados podem ser indicativos da doença. Em caso de alterações nestes exames, o médico também pode solicitar exames complementares com a biópsia e análise histopatológica do tecido prostático para a confirmação do diagnóstico.
Cabe ressaltar que o exame de PSA é bastante sensível e, alguns cuidados devem ser tomados antes da coleta como forma de garantir a confiabilidade dos resultados. Ter relações sexuais ao menos nas 48 horas que antecedem o exame não é recomendado dado que a ejaculação do sêmen induz a liberação de PSA pela próstata, o que aumenta temporariamente sua concentração no sangue. O mesmo acontece durante exercícios intensos, como andar de bicicleta, pois a pressão excessiva induzida pelo exercício na região onde se localiza a próstata pode culminar na liberação de PSA.
Existe tratamento para esse tipo de câncer?
O tratamento deve ser escolhido pelo médico e o paciente após analisar os riscos e benefícios de cada opção e considerar a localização do tumor, ou seja, se está restrito à próstata ou já sofreu metástase. Além disso, a idade, a presença de comorbidades e outras condições de saúde do paciente também devem ser consideradas.
A remoção cirurgia do tumor, a radioterapia ou o monitoramento periódico da doença quando não há necessidade de tratamento imediato (observação vigilante) podem ser recomendados na ausência de metástase. Porém, em estágios mais avançados, o tratamento hormonal pode ser indicado.
A melhor forma de diagnosticar precocemente a doença é através dos exames preventivos. Por isso, quando chegar a sua vez, não deixe de realizá-los. A prevenção começa por você!
Nós, do Santa Clara Diagnósticos Médicos, assumimos o compromisso de cuidar de você e de quem você ama. Por isso, temos uma equipe preparada para lhe atender com todo cuidado e atenção que você e a sua saúde merecem!
Referências científicas:
Rebello RJ, Oing C, Knudsen KE, Loeb S, Johnson DC, Reiter RE, Gillessen S, Van der Kwast T, Bristow RG. Prostate cancer. Nat Rev Dis Primers. 2021 Feb 4;7(1):9. doi: 10.1038/s41572-020-00243-0.