A campanha Novembro Dourado reforça a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, que acomete crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos e é a principal causa de morte entre esta população, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Este tipo de câncer envolve um conjunto de doenças que se caracterizam pela proliferação desordenada de células predominantemente embrionárias, o que leva ao desenvolvimento de tumores mais agressivos e de evolução rápida. Nestes casos, ao contrário do que ocorre nos adultos, fatores externos, como o tabagismo, tem pouca ou nenhuma influência sobre o processo cancerígeno dado que é necessária uma exposição prolongada a esses fatores.
Quais são os principais tipos de câncer infantil?
Como mencionamos anteriormente, o câncer infantojuvenil envolve um conjunto de doenças, sendo que as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas são os mais frequentes.
No entanto, massas abdominais palpáveis e geralmente assintomáticas também podem ocorrer, como os neuroblastomas, o tumor de Wilms e o hepatoblastoma. Tumores oculares, como o retinoblastoma, e outros tipos de câncer que acometem os ossos e tecidos moles são menos frequentes.
Quais são os sinais e sintomas comuns desta doença?
Um dos fatores que dificulta o diagnóstico precoce destas doenças é exatamente a forma com que o câncer infantil se manifesta. Muito dos sintomas são inespecíficos e comum a outras doenças, como febre prolongada, dor de cabeça persistente, náuseas e vômito, perda de apetite e peso, sangramento, dor generalizada e cansaço.
Isso faz com que os pais busquem atendimento médico frequente, com a mesma queixa ou piora dos sintomas iniciais. Consequentemente, muitas vezes o diagnóstico é feito de maneira tardia, o que pode dificultar o tratamento.
Como é feito o diagnóstico e tratamento do câncer infantil?
O diagnóstico do câncer infantil é fundamental para o sucesso do tratamento e envolve exames clínicos e de imagem capazes de detectar alterações condizentes com cada tipo de tumor. Para isso, exames de sangue e diagnóstico por imagem são necessários. Em algumas situações, a biópsia e posterior análise histopatológica do tecido também são fundamentais.
Mas outros fatores também devem ser levados em consideração na hora de escolher o tratamento, como os sintomas presentes, a idade do paciente, o tipo e a localização do tumor.
Devido à sua complexidade, o tratamento é realizado em centros especializados e compreende quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Além disso, envolve um conjunto de profissionais especializados que são responsáveis por oferecer apoio, orientação e suporte psicossocial ao paciente e seus familiares.
Conhecer e identificar os sintomas persistentes e buscar orientação médica é fundamental para o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Quanto antes for feito o diagnóstico, mais rápido e menos desconfortável será o tratamento e, maior será a chance de cura. Cuidados como estes também contribuem para o aumento da sobrevida e a melhora da qualidade de vida do paciente.
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Referências científicas:
National Cancer Institute. Cancer in Children and Adolescents. Disponível em: https://www.cancer.gov/types/childhood-cancers/child-adolescent-cancers-fact-sheet. Acesso em: 23 nov. 2022.
World Health Organization. Childhood Cancer. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/cancer-in-children. Acesso em: 23 nov. 2022.
Instituto Nacional do Câncer (2017). Protocolo de diagnóstico precoce do câncer pediátrico. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//protocolo-de-diagnostico-precoce-do-cancer-pediatrico.pdf. Acesso em: 23 nov. 2022.